Mark Rapaport, MD, perguntava-se por que sua esposa recebia tantas massagens. “Ela recebeu milhares de sessões, enquanto eu talvez tivesse recebido dez em toda a minha vida”, diz o presidente do dep. de psiquiatria e neurociências comportamentais do Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles. “Mas a massagem é uma indústria de bilhões de dólares nos EUA, o que me deixou curioso: há algo nisso além do fato de ser agradável?” A curiosidade de Rapaport levou a um estudo que analisou 53 adultos saudáveis, que receberam um dos dois tipos de tratamentos com toque. Os exames de sangue revelaram que aqueles que receberam uma massagem com pressão moderada experimentaram reduções nos hormônios do estresse e aumentos nos glóbulos brancos, indicando um aumento no sistema imunológico. Enquanto isso, os voluntários que tiveram um tratamento com “toque leve” apresentaram níveis mais altos de ocitocina. Com base nos resultados, Rapaport acredita que a massagem pode ser eficaz no tratamento de condições inflamatórias e autoimunes.
O estudo Cedars-Sinai faz parte de um corpo de pesquisa que mostra uma ligação entre muitas formas de toque – de massagem a mãos dadas – e melhora a saúde. Um estudo da Universidade da Carolina do Norte descobriu que ficar em contato próximo com um parceiro por 10 minutos reduzia a pressão arterial em mulheres. Outra pesquisa descobriu que o contato físico pode desencadear um aumento na serotonina, um antidepressivo natural.
Tiffany Field, PhD, diretora do Instituto de Pesquisa de Toque da Faculdade de Medicina da Universidade de Miami, recomenda que uma “dose regular” de algum tipo de toque dure pelo menos alguns minutos por dia, embora 10 a 15 minutos sejam ótimos. Isso é verdade mesmo para aqueles que tendem a não gostar do toque. “A maior parte da aversão ao toque é ao toque social; é a imprevisibilidade disso que incomoda as pessoas”, diz Field.
Rapaport também faz pesquisas do efeito da massagem na ansiedade: “Estamos descobrindo mudanças biológicas associadas a uma única sessão de massagem.”